Abstract
Os Videogames, além da função de entretenimento, podem tornar-se complementos relevantes da psicoterapia tradicional. Este estudo consiste em uma revisão quase sistemática da literatura que visou fazer um levantamento de estudos empíricos em que videogames foram usados como recursos terapêuticos, descrevendo o estado da arte, bem como, seu papel no processo psicoterapêutico quanto à aceitação do videogame na terapia, a aceitação da psicoterapia e a melhora da relação terapêutica. Cinco bases de dados eletrônicas (PsycInfo, Pubmed, Scielo, Web of Science e Scopus) foram usadas para a busca por estudos. Os critérios de inclusão foram definidos de acordo com a metodologia PICOS (Population, Interventions, Controls, Outcome, and Study design). A revisão incluiu artigos publicados em inglês, francês, espanhol e alemão entre janeiro de 2007 e julho de 2022. Um total de 202 artigos foram identificados inicialmente e 16 foram selecionados para a revisão, com base nos critérios de inclusão e exclusão, sendo sete experimentais e nove com metodologia qualitativa. Seis dos sete estudos experimentais e quase experimentais relataram melhora no comportamento-alvo da psicoterapia. Nos estudos com metodologia qualitativa foram relatados resultados positivos acerca da aceitação do videogame na terapia, a aceitação e motivação para a psicoterapia e/ou a melhora da relação terapêutica. Os resultados permitem concluir que os videogames utilizados como recursos para intervenções no contexto psicoterapêutico favorecem o processo terapêutico.
Reference41 articles.
1. Al Keilani, M. Al H., & Delvenne, V. (2020). Use of video games in a child and adolescent psychiatric unit. Psychiatria Danubina, 32(Suppl 1), 167–171. https://www.psychiatria-danubina.com/UserDocsImages/pdf/dnb_vol32_noSuppl%201/dnb_vol32_noSuppl%201_167.pdf
2. Brezinka, V. (2011). Schatzsuche" - ein verhaltenstherapeutisches Computerspiel. ["Treasure hunt" - A cognitive-behavioural computer game.]. Praxis der Kinderpsychologie und Kinderpsychiatrie, 60(9), 762–776. https://doi.org/10.13109/prkk.2011.60.9.762
3. Brezinka, V. (2016). Computerspiele in der psychotherapie - Neue entwicklungen. [New developments in video games for psychotherapy.]. Praxis der Kinderpsychologie und Kinderpsychiatrie, 65(2), 82-96. https://doi.org/10.13109/prkk.2016.65.2.82
4. Bolsoni-Silva, A. T., & Del Prette, A. (2003). Problemas de comportamento: Um panorama da área. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 5(2), 91–103. https://doi.org/10.31505/rbtcc.v5i2.74
5. Booth, A. (2016). Searching for qualitative research for inclusion in systematic reviews: A structured methodological review. Systematic Reviews, 5, 74. https://doi.org/10.1186/s13643-016-0249-x