Abstract
Na sociedade da chamada cultura digital, os aparelhos celulares se disseminam de uma tal forma que, em muitas ocasiões, são identificados pelas pessoas como se fossem parte de seu próprio corpo. Evidentemente, o ambiente escolar é identificado como um espaço onde tais aparelhos tornam-se onipresentes, a ponto de suscitar a reflexão sobre como eles poderiam ser pedagogicamente utilizados. Diante disso, o objetivo dos autores deste artigo é o de refletir criticamente sobre o papel do professor (a) de nível médio de ensino diante da utilização, cada vez mais frequente, do uso de aparelhos celulares dentro e fora das salas de aula para fins supostamente pedagógico. Apoiando-se nos pensadores da Teoria Crítica da Sociedade, utilizou-se como metodologia a análise de 17 artigos acadêmicos publicados nos últimos, os quais examinaram a contribuição dos celulares em turmas do ensino médio. A partir disso, foi possível concluir que, se o celular pode tanto ser pedagogicamente utilizado, quanto engendrar práticas de dispersão de concentração e cyberbullying, torna-se fundamental fomentar a presença de contratos pedagógicos entre os agentes educacionais para que possam mutuamente consensuar sobre quando e como usar tal aparelho no transcorrer das atividades realizadas nas salas de aula.
Publisher
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Edicoes UESB