Abstract
Este artigo é um recorte de uma pesquisa mais ampla desenvolvida no Laboratório de Pesquisa em Políticas Públicas, Currículo e Docência da Universidade Federal de Pernambuco. Ao compreendermos o campo educacional como campo político, problematizamos a avaliação educacional utilizada pela rede pública pernambucana, ancoradas na ontologia política pós-estruturalista formulada pela Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe (2019), com a abordagem proposta por Jason Glynos e David Howarth (2018) no enfoque às lógicas da fantasia, ou fantasmáticas. Neste extrato, temos como objetivo expor as razões precárias e contingenciais pelas quais regimes e práticas avaliativas do sistema educacional pernambucano podem (ou não) se fixar aos sujeitos. Trabalhamos com objetos e condições discursivas que tornam padrões ou rotinas de articulações possíveis, em vistas à hegemonia da avaliação educacional proposta pelo Programa de Modernização da Gestão Pública - Metas para a Educação de Pernambuco. Nossos resultados, apontam a existência de construções discursivas míticas que intencionam uma hegemonia da significação do que vem a ser a função da escola, qualidade do ensino, e construção curricular. O controle ideológico sobre o discurso da avaliação educacional pernambucana, tem oferecido uma narrativa de plenitude, operando na promessa de cobrir a falta constitutiva. No entanto, aquilo que promete suprir é o que reproduz, perpetuando a condição de desejo do sujeito.
Publisher
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Edicoes UESB