Abstract
Este é o relato de uma pesquisa que aposta na invenção como prática-política de experimentação de outros modos de pensar-fazer currículos e formação docente, com abertura a outros mundos possíveis. Objetiva problematizar, nos espaços de formação continuada, movimentos micropolíticos que resistem aos mecanismos de hegemonização da educação e potencializam um currículo inventivo, forjado nos cotidianos das escolas. Constitui-se por agenciamentos coletivos com professores/as de História e Geografia, para afirmar práticaspolíticas mobilizadoras da diferença e do desejo, abertas aos processos de subjetivação por outros modos de ser/estar no mundo. A pesquisa movimenta-se no encontro com a filosofia da diferença, utilizando a cartografia rizomática como abordagem metodológica, possibilitando vaguear-voar em vassouras de bruxa para transitar por um campo de forças que destitui a representação, a forma. Aponta a formação docente como lugar de invenção e resistência aos modos de pensar a existência subordinados à lógica do capital.
Publisher
Confederacao Nacional dos Trabalhadores em Educacao (CNTE)
Reference24 articles.
1. ALVES, Nilda. A compreensão de políticas nas pesquisas com os cotidianos: para além dos processos de regulação. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p. 1195-1212, out./dez. 2010.
2. BARROS, Laura Pozzana & KASTRUP, Virgínia. Cartografar é acompanhar processos. In: ESCÓSSIA, Liliana da; KASTRUP, Virgínia. & PASSOS, Eduardo (Orgs.) Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. p. 52-75.
3. BARROS, Manoel de. Retrato do artista quando coisa. 3 ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.
4. CARVALHO, Janete Magalhães. Macro/Micropolítica, Cotidiano Escolar e Constituição de um Corpo Coletivo em Devir. ETD- Educação Temática Digital. Campinas, SP v. 21, n. 1, p. 47-62, jan./mar. 2019.
5. CARVALHO, Janete Magalhães. O cotidiano escolar como comunidade de afetos. Petrópolis/Brasília: CNPq, 2009.