Affiliation:
1. Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Brasil; Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil
2. Colégio Pedro II (CPII), Brasil
Abstract
RESUMO Uma breve leitura das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos últimos anos revela-nos que, em fricção com discursos da tradição literária brasileira, servem de objeto de análise das questões da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias textos literários que se assentam em práticas discursivas de reexistência. Nesse sentido, à luz da Linguística Aplicada Indisciplinar, das teorias dos Letramentos e da abordagem teórico-metodológica da Análise Dialógica do Discurso, este artigo visou a investigar quais letramentos literários são (des)legitimados nas questões do Enem construídas a partir de textos literários que se constituem estética e discursivamente como discursos de reexistência. Para tanto, tomamos como base para a construção de nosso corpus as provas do Enem aplicadas nos anos de 2018, 2019 e 2020. Como conclusão, é possível afirmar que, apesar da relativa presença de textos literários de reexistência nessas provas, percebem-se ainda fricções entre abordagens de letramentos mais tradicionais e aquelas abertamente ideológicas.
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