Affiliation:
1. Université Paris Dauphine-PSL, France
2. Weizenbaum Institute, Germany; Bielefeld University, Germany
Abstract
Resumo O movimento da ciência aberta alcançou a pesquisa e a educação em gestão. Em todo o mundo, os acadêmicos de gestão discutem, pesquisam e avaliam formas de tornar as suas práticas de trabalho menos “fechadas” e mais “abertas”. Entretanto, de que forma, exatamente, essas novas práticas de trabalho mudam o conhecimento e o ensino em gestão depende, em grande medida, da interpretação filosófica que os profissionais fazem de 'abertura'. Atualmente, a abertura na pesquisa e na educação em gestão é interpretada principalmente como uma característica da entrada ou saída do trabalho de conhecimento. Essas interpretações concebem a pesquisa e a educação como entidades relativamente estáveis, que podem ser abertas em alguns pontos claramente definidos. O nosso estudo tem por objetivo superar essa concepção e propor uma interpretação nova e mais radical de abertura. Propomos reconsiderar a abertura por meio da abordagem processual do Pragmatismo americano e, assim, em um sentido que dispense a exigência da predisposição da pesquisa e da educação como entidades estáveis. Por meio desta interpretação de abertura, a pesquisa e a educação em gestão podem ser transformadas em um movimento democrático coprodutivo, que pode trazer conhecimentos comuns entrelaçados com os verdadeiros problemas societais e de gestão. Para oferecer uma primeira descrição da abertura como um processo que pode transformar a pesquisa e a educação em gestão, analisamos o material etnográfico a partir de dois tipos de experimentos pragmáticos, facilitados pelo primeiro autor entre 2016 e 2021. Identificamos três dimensões-chave no processo de abertura da pesquisa e da educação: ludicidade, ambiguidade e desterritorialização. O nosso estudo avança os debates sobre a questão de como a pesquisa em gestão pode ser mais imediatamente útil para abordar as preocupações dos profissionais e estudantes de gestão.
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