Affiliation:
1. University of Toronto, Canadá
2. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Brasil
3. Universidade Paulista, Brasil
Abstract
Resumo Este artigo analisa as plataformas de fazendas de cliques como elemento de aprofundamento da plataformização do trabalho no Brasil. Com base em entrevistas com trabalhadores e observações em plataformas, grupos de WhatsApp, Facebook e vídeos no YouTube, a investigação destaca condições de trabalho, materialidades e formas de organização das pessoas que são pagas para curtir, comentar e seguir perfis em plataformas de mídias sociais. As fazendas de cliques agem como plataformas parasitas em relação às infraestruturas das mídias sociais. O perfil de quem trabalha para as plataformas é de mulher, com histórico de trabalho informal. Há mercados paralelos de venda e compras de contas fakes e bots, que fazem parte das táticas desses trabalhadores para sobreviver no contexto das fazendas de cliques.