Abstract
Resumo Enquanto os primeiros estudos sobre estratégias eleitorais argumentam que o sistema adotado no Brasil incentiva o “voto pessoal” e a criação de redutos eleitorais geograficamente localizados, estudos mais recentes demonstram que a estratégia eleitoral mais efetiva é a dispersão dos votos. Segundo a perspectiva contextual, as pessoas votam nos candidatos a cujas mensagens políticas têm acesso e que correspondem às demandas dos lugares onde vivem. A partir da construção de um banco de dados sobre as eleições legislativas de 2010 a 2018, buscamos interpretar os resultados encontrados utilizando essa perspectiva. Partindo da hipótese de uma votação regida pela forma como as informações são difundidas no espaço, encontramos que a maioria dos candidatos tem sua maior votação no seu domicílio eleitoral declarado, que os com apenas experiência municipal apresentam um padrão de votação condizente com o efeito de “amigos e vizinhos” e que existe uma coordenação partidária na formação das listas.
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