Affiliation:
1. Universidade Estadual Paulista, Brasil
Abstract
O artigo analisa a vivência de trabalhadores jovens, numa perspectiva da psicologia sócio-histórica, com base em estudo de caso com trabalhadoras, de 17 a 24 anos, de indústrias de confecção de uma cidade do interior paulista. Discute como a política de afetividade no trabalho opera no bloqueio à liberdade e ao pleno desenvolvimento, distanciando jovens trabalhadores de seus próprios afetos, da sua singularidade, configurando um sofrimento ético-político que afeta a saúde, concebida como potência de ação, o que caracteriza o trabalho como uma forma de inclusão perversa. Num contexto em que se busca garantir a inserção dos jovens no mercado de trabalho, o artigo discute outra face da questão, a realidade de jovens que trabalham, relacionando essa experiência às questões de saúde e formação para seu futuro, considerando-se a importância dessa fase do desenvolvimento humano.
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