Affiliation:
1. Universidade Federal de S.Paulo
2. FMO
3. UNIFESP
Abstract
Trezentos e vinte doentes com adenocarcinoma colo-retal submetidos a ressecção curativa foram estudados com o intuito de verificar, nas peças ressecadas, o comprometimento ou não dos linfonodos, o número dos acometidos e a área ocupada peia neoplásicas. Chamou-se de linfonodos invadidos aqueles com raros focos de células neoplásicas presentes, que não interferiam na estrutura do nodo e de destruídos àqueles que apresentavam sua estrutura em grande parte ou totalmente ocupada pelo tumor. Os linfonodos positivos foram agrupados em subgrupos contendo 1 a 4 e em mais de 4.120 (38,6%) doentes apresentaram linfonodos comprometidos, dos quais 24,2% eram invadidos e 75,8% destruídos. Portadores de linfonodos livres apresentaram sobrevivência de cinco anos de 71,7%; a sobrevivência de doentes com nodos invadidos - 58,6%- foi significantemente maior que a dos com nodos destruídos - 29,7%, mas não diferiu estatisticamente da apresentada pelos portadores de linfonodos livres. Doentes com mais de 4 linfonodos comprometidos sobreviveram significantemente menos (20,0%) que aqueles com 1 a 4 linfonodos acometidos (43,5%). Entre os portadores de linfonodos invadidos a sobrevivência de 5 anos foi a mesma para os com 1 a 4 ou mais de 4 linfonodos invadidos. Isto não aconteceu com portadores de linfonodos destruídos, onde os com 1 a 4 sobreviveram em cerca de 37,7% e os com mais de 4, 13,3%. Faz-se necessário identificar adequadamente a área ocupada pela neoplasia no linfonodo, pois o comportamento biológico do tipo invadido diferiu substancialmente do destruído. O melhor prognóstico dos portadores de linfonodos invadidos pode explicar a sobrevivência aparentemente paradoxal observada em alguns doentes estadiados na classe C de DUKES.
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