Affiliation:
1. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil
Abstract
O presente artigo coloca em pauta uma reflexão cujo objetivo é discorrer sobre os modos de trabalhar e de viver na vida líquido-moderna. Para tanto, apresenta o Slow Movement como referência de análise. Divulgado como movimento mundial em prol da desaceleração, sua proposta difundiu-se e firmou-se ao acolher a sensação generalizada de esgotamento promovida pela vida líquida, conforme preconizada por Bauman (2007). Objetiva-se compreender se e como o Slow Movement possibilita uma outra experimentação do tempo, bem como se interpõe enquanto expressão da resistência aos atuais modos de trabalhar e de viver. A análise empreendida permite perceber que o Slow Movement, apesar de se apresentar como um modo de expressão da resistência frente à aceleração, mantém-se subordinado à ideologia gerencialista (Gaulejac, 2007) que caracteriza os atuais modos de trabalhar. Desse modo, o movimento contribui para apaziguar os sofrimentos psíquicos causados pela pressão do tempo, mas não para a sua revolução.
Reference10 articles.
1. Vida líquida;Bauman Z,2007
2. Christophe Dejours: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho;Dejours C,2008
3. Chistophe Dejours: Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho;Dejours C,2008
4. Christophe Dejours: Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho;Dejours C,2008
5. O homem do século XXI: sujeito autônomo ou indivíduo descartável;Enriquez E;RAE-eletrônica,2006
Cited by
5 articles.
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