Affiliation:
1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brazil
Abstract
Resumo No Brasil, diferentemente de outros países afetados pela pandemia de Covid-19, mulheres grávidas e puérperas foram logo de início incluídas nos grupos de risco para a nova doença. Esse fato teve grande repercussão no movimento de humanização do parto no país. Neste artigo, analisamos os argumentos favoráveis a essa inclusão no debate on-line entre ativistas pelo parto humanizado, assim como as possíveis mudanças impulsionadas pelas noções de risco que essa pandemia traz para a cena do parto. A partir de uma leitura antropológica sobre a construção do risco na gravidez e no nascimento, argumentamos que três sentidos de risco são evocados: a vulnerabilidade dos corpos de mulheres grávidas e puérperas; a noção de contágio; e o problema da mortalidade materna. Buscamos também tecer reflexões sobre os paradoxos e tensões que a caracterização como “grupo de risco” pode representar para a assistência humanizada e para a vida reprodutiva das mulheres brasileiras.
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Cited by
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