Abstract
Neste trabalho, tentamos identificar índices de simulação na avaliação neuropsicológica forense, através da avaliação dos padrões de resposta em provas neuropsicológicas. A amostra foi constituída por 56 sujeitos com traumatismo crânioencefálico. Todos se encontravam numa situação de possível recompensa monetária por incapacidade. Utilizamos os instrumentos Wisconsin Card Sorting Test (WCST), Trail Making Test (TMT), Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI), e a grelha de análise dos autos do processo. Cerca de 30% da amostra enquadrou-se no grupo de prováveis simuladores. Essa porcentagem é congruente com a literatura. Verificou-se uma grande homogeneidade entre os indivíduos com e sem indicadores de simulação, a nível sintomatológico e características sócio-demográficas, o que reforça a necessidade de desenvolvimento de métodos eficazes na detecção da simulação.
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