Affiliation:
1. Fundação Oswaldo Cruz
2. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil
Abstract
O artigo discute a evolução do sistema internacional de direitos de propriedade intelectual em três fases e as implicações para saúde pública, especialmente para a implementação de políticas de acesso a medicamentos. Durante a primeira fase, caracterizada pelas Convenções de Paris e de Berna, os países signatários determinavam os campos tecnológicos que seriam protegidos ou não. Na segunda fase, com a implementação do Acordo TRIPS pela OMC, os países são obrigados a garantir proteção patentária a todos os campos tecnológicos, inclusive para a indústria farmacêutica. Dentro das suas respectivas legislações nacionais, os países também têm a oportunidade de implementar o acesso às flexibilidades do TRIPS para medicamentos. Com a terceira fase, caracterizada pela negociação e assinatura de acordos comerciais bilaterais e regionais, os países terão que implementar medidas TRIPS-plus que podem ter implicações negativas para as flexibilidades do TRIPS e para políticas de acesso a medicamentos. Os autores concluem que a proposta atual de sistema internacional de direitos de propriedade intelectual favorece os direitos dos detentores de patentes, que deveriam estar em equilíbrio com os direitos à saúde para a população.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health
Reference41 articles.
1. Uma introdução à propriedade intelectual;Barbosa DBB,2003
2. TRIPS-plus provisions in trade agreement and their potential adverse effects on public health;Jorge MF;J Generic Med,2004
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4. Propriedade industrial no século XXI: direitos desiguais;Gontijo C,2003
5. Intellectual property in the context of the WTO TRIPS Agreement: challenges for public health;Bermudez JAZ,2004
Cited by
35 articles.
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