Affiliation:
1. Fundação Oswaldo Cruz, Brasil
2. Instituto Nacional do Câncer, Brasil
Abstract
A partir de entrevistas com profissionais de um hospital do Rio de Janeiro, avaliamos um conjunto de pressupostos, estratégias, preocupações e racionalidades dos profissionais que produzem mensagens impressas sobre doenças infecciosas. A maioria das produções revelou-se presa a uma lógica linear de comunicação, que pressupõe que a mensagem transmitida geraria um único e só efeito. A comunicação visual é tida como campo de conhecimento que o médico não "domina" mas no qual deposita expectativas, principalmente quando afirma os limites da linguagem escrita frente à clientela não alfabetizada. As preocupações mais freqüentes recaem sobre a "adequação da linguagem" (função denotativa e não semântica da linguagem) e sobre o aumento da "divulgação". As produções de impressos surgem atreladas à experiência profissional do atendimento, mas a inexistência de pesquisas prévias à produção, resulta em simplificações e generalizações sobre as dúvidas e questionamentos mais comuns do paciente, reforçando o estereótipo da clientela a partir de suas carências e necessidades. A interação com a clientela aparece, como exceção, em apenas duas das produções em análise, e amplia a relação dos profissionais com os valores e decisões tomadas em contextos sócio-culturais distintos.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health
Reference10 articles.
1. Saúde e Comunicação: Visibilidades e Silêncios;ARAÚJO I.,1995
2. Written patient information: A review of the literature;ARTHUR V. A;Journal of Advanced Nursery,1995
3. Using communicative action in the primary prevention of cancer;BAILLIE L.;Health Education Behaviour,2000
4. Cultura e Democracia: O Discurso Competente e Outras Falas;CHAUÍ M,1981
5. Prescribing the leaflets;FAWDRY R;BMJ,1994
Cited by
16 articles.
订阅此论文施引文献
订阅此论文施引文献,注册后可以免费订阅5篇论文的施引文献,订阅后可以查看论文全部施引文献