Affiliation:
1. Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Abstract
O modelo tecno-assistencial que pensa o sistema de saúde como uma pirâmide, com fluxos ascendentes e descendentes de usuários acessando níveis diferenciados de complexidade tecnológica, em processos articulados de referência e contra-referência, tem se apresentado como uma perspectiva racionalizadora, cujo maior mérito seria o de garantir a maior eficiência na utilização dos recursos e a universalização do acesso e a eqüidade. Reconhecendo que, na prática, os fatos se dão de maneira muito diferente da pretendida por uma certa racionalidade tecnocrática, o autor aponta algumas explicações para esta "distorção". Defende, ainda, a idéia de que o sistema de saúde seria mais adequadamente pensado como um círculo, com múltiplas "portas de entrada" localizadas em vários pontos do sistema e não mais em uma suposta "base". Questiona a idéia de um "topo", expressão topográfica de uma certa "hierarquia tecnológica" que teria o hospital no seu vértice, e aponta a necessidade do sistema de saúde ser organizado a partir da lógica do que seria mais importante para cada usuário, no sentido de oferecer a tecnologia certa, no espaço certo e na ocasião mais adequada.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health
Reference5 articles.
1. Inventando a Mudança na Saúde;CAMPOS G. W. S.,1994
2. Inventando a Mudança na Saúde;CECILIO L. C. O.,1994
3. Uma Agenda para a Saúde;MENDES E. M.,1996
4. Reorientação da Assistência à Saúde no Âmbito da Previdência Social,1983
Cited by
76 articles.
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