Affiliation:
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, Brazil
2. CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER, BRAZIL
3. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS, Brazil
4. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, Brazil
Abstract
Resumo Considerando as críticas à teoria da ação comunicativa de Habermas, este ensaio problematizou e refletiu sobre outra possível crítica: estudiosos da teoria em questão, apesar de apresentarem um entendimento comum - iluminação e emancipação do homem -, não chegam a um consenso sobre o que essa teoria representa, quando comparada a outras teorias e tipos de racionalidades. A questão norteadora do ensaio foi: a transição proposta por Habermas de outros tipos de racionalidades para a comunicativa diz respeito a uma teoria interparadigmática ou a um salto paradigmático? Metodologicamente, adotamos a concepção de ensaio segundo a qual autores e leitores precisam reconhecer que a realidade pode ser compreendida de diferentes maneiras. A discussão, contextualizada na administração pública, permitiu-nos compreender que considerarmos a teoria da ação comunicativa como possuidora de um carácter interparadigmático não significa que a mesma seja um mero ajuntamento de outras teorias, porque ela ultrapassa aquelas com as quais dialoga, apresentando, adicionalmente, uma mudança radical. Propomos que a teoria da ação comunicativa compreende um salto paradigmático com características interparadigmáticas. Por fim, apresentamos implicações dessa discussão para a administração pública.
Reference58 articles.
1. Comunicação que constitui e transforma os sujeitos: agir comunicativo em Jürgen Habermas, ação dialógica em Paulo Freire e os estudos organizacionais;Andrade L. F. S.;Cadernos EBAPE.BR,2019
2. Intersubjetividade ou solipsismo? Aporias da teoria do agir comunicativo de Jürgen Habermas;Bachur J. P;Revista de Ciências Sociais,2017
3. A racionalidade comunicativa de Jürgen Habermas;Cavalcante A. R;Educação e Filosofia,2001