Abstract
Apoplexia pituitária aguda é fenômeno relativamente raro, mesmo em macroadenomas. No entanto, a presença de áreas necro-hemorrágicas intratumorais nestes tumores que não se relacionam a qualquer sintomatologia aguda parece ser bem mais frequente do que se imaginava na era da tomografia. Com o advento da ressonância magnética estas áreas podem ser facilmente diagnosticadas pré-operatoriamente. Dentre os 40 últimos macroadenomas operados e examinados com RMN, 10 possuíam áreas apopléticas subclínicas em seu interior. Sete destes tumores eram não secretores, 2 secretores de GH e um de prolactina. O quadro clínico incluiu, além daqueles correspondentes à eventual secreção endócrina, perda visual progressiva (sem história de piora abrupta ou rápida) (n=8) e cefaléia (n=3). Após a remoção cirúrgica destes tumores e descompressão do aparato óptico, obtivemos melhora visual em 6 pacientes e em 2 a visão permaneceu inalterada. A cefaléia desapareceu em 2 casos. A presença de áreas apopléticas nestes macrotumores bem como sua ausência em séries de microtumores relatadas na literatura sugere que se relacionam mais ao tamanho do tumor do que ao seu caráter secretor ou não, o que é compatível com a provável natureza (insuficiência vascular) da apoplexia subclínica nesses casos.
Subject
Neurology,Clinical Neurology
Cited by
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