Abstract
Quinze experimentos de adubação boratada foram realizados em condições de campo com o algodoeiro, em diferentes regiões produtoras paulistas, no período de 1979-86.O micronutriente foi aplicado na adubação do plantio, nas doses de 0,0; 0,2; 0,4; 0,8; 1,6 e 3,2kg/ha de B, como bórax, em esquema estatístico de quadrado latino. Utilizaram-se sementes dos cultivares IAC 17, nos quatro primeiros anos, e IAC 20, nos demais. Na maioria dos experimentos, houve resposta favorável à adubação, em termos de produção, embora se tenham obtido em apenas três deles (20% dos casos) diferenças estatisticamente significativas. Quanto à concentração de boro no limbo (quinta folha), ocorreu aumento significativo em seis dos onze ensaios amostrados (55%). Reunindo os experimentos em função do histórico das glebas estudadas e da ocorrência de sintomas de deficiência ou de toxicidade de boro, discriminou-se muito bem o efeito geral da adubação. As mais altas produtividades foram alcançadas nos solos tradicionalmente cultivados e adubados e com a acidez corrigida. No entanto, a ação do micronutriente foi maior nos solos corrigidos e adubados com NPK, diminuindo para as glebas em fase de correção ou que já haviam recebido adubação boratada, sendo praticamente nula nos solos pouco cultivados, de pastagens. Observou-se uma relação significativa entre a produção e a concentração de B no solo, extraído pela solução de Mehlich ou, em especial, pela água quente, assim como entre a produção e a concentração de boro no limbo foliar. Como primeira aproximação, sugerem-se as faixas de 0,20 a 0,40ppm de B no solo (água quente), e de 25 a 40ppm de B no limbo da quinta folha, como indicadoras da necessidade de uso do boro na adubação do algodoeiro.
Subject
General Agricultural and Biological Sciences,Materials Science (miscellaneous)
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