Affiliation:
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasil
2. University of California San Francisco, USA
3. Fundação Oswaldo Cruz, Brasil
Abstract
Resumo As doenças relacionadas ao tabaco matam oito milhões de pessoas anualmente no mundo e, no Brasil, são responsáveis por milhares de casos de cânceres, doenças cardiovasculares e outras enfermidades. Os filtros nos cigarros são percebidos como uma tecnologia que reduziria os danos à saúde. O objetivo deste artigo é descrever a tecnologia dos filtros, seu histórico, seus impactos e discutir formas de regulação. Foi feita uma busca na literatura para avaliar os impactos desta tecnologia. Os resultados mostram que os filtros foram inicialmente desenvolvidos para fins estéticos, e posteriomente aprimorados e promovidos como uma tecnologia para redução de danos. O filtro de cigarro mais utilizado é o de acetato de celulose, combinado ou não com carvão ativado. Apesar das propagandas e da percepção dos fumantes, os filtros não trazem nenhum benefício à saúde, e sua associação com tecnologias como a perfuração nas ponteiras podem trazer mais riscos à saúde. Os filtros também podem tornar os cigarros mais atrativos e causam impactos ao meio ambiente. Por proporcionarem uma falsa percepção de riscos e nenhum benefício, os filtros deveriam ser uma tecnologia proibida.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health,Health Policy
Cited by
5 articles.
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