Affiliation:
1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brazil
Abstract
<p>Este artigo busca refletir sobre o papel das ciências sociais, especialmente da Antropologia, na estruturação do campo da Saúde Coletiva no Brasil, através da revisão de um conjunto de trabalhos publicados recentemente a respeito do tema. Abordamos a Saúde Coletiva como lócus do campo científico, onde se disputam e se negociam, de um lado, a própria definição do que pode e deve ser pesquisado - com quais métodos e com que finalidade -, e de outro, quem tem autoridade para falar em nome da Saúde Coletiva e definir seus contornos. Através da história da estruturação da Saúde Coletiva no Brasil, discutimos a posição ocupada pelas três áreas que hoje a constituem - Epidemiologia; Ciências Humanas e Sociais; Política, Planejamento e Gestão -, procurando explorar a lógica subjacente à hierarquia que se estabelece entre elas. A partir de uma análise das transformações teórico-metodológicas e temáticas observadas no campo no decorrer dos anos 90 e no início deste século, buscamos mostrar como a tradicional hierarquia entre as ciências sociais e a área da saúde foi de certo modo subvertida, podendo levar a uma nova maneira de pensar a estruturação do campo da Saúde Coletiva como um todo.</p>
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health,Health Policy,Health(social science)
Reference19 articles.
1. Antropologia da saúde: traçando identidade e explorando fronteiras;ALVES P. C.,1998
2. Perfil dos pesquisadores com bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq da área de saúde coletiva;BARATA R. B.;Cad. Saúde Pública,2003
3. Pierre Bourdieu;BOURDIEU P,1983
4. As Ciências Sociais e Humanas em Saúde na Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva;CANESQUI A. M.;Physis: Revista de Saúde Coletiva,2008
5. Os estudos de antropologia da saúde/doença no Brasil na década de 1990;CANESQUI A. M.;Ciência & Saúde Coletiva,2003
Cited by
12 articles.
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