Affiliation:
1. Fundação Oswaldo Cruz, Brazil
2. Universidade Federal de Pernambuco, Brazil
Abstract
Resumo Este artigo analisa a construção e desenvolvimento da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS e seus antecedentes. O estudo envolveu revisão de literatura, análise documental e entrevistas com atores-chave no processo de construção e implementação da política. Apoiou-se no modelo de múltiplos fluxos proposto por Kingdon no que tange à formulação da agenda política. Os resultados apontam momentos importantes na trajetória da política: influência de parâmetros internacionais; papel das conferências nacionais de saúde na construção da demanda social; experiências iniciais de oferta na rede pública; protagonismo no âmbito do ensino e pesquisa; entrada na agenda política; condução federal e desafios para a institucionalização. A formulação da PNPIC ocorre pela pressão de atores estratégicos que empreenderam ações em condições institucionais favoráveis no âmbito do Ministério da Saúde após mudança política na esfera do Governo Federal em 2003, criando uma janela de oportunidade política. Tal processo foi marcado por resistências oriundas da racionalidade biomédica e disputas de interesses. Apesar do avanço relativo à disseminação e visibilidade da oferta de serviços, as ações no âmbito da condução federal não foram acompanhadas por mudanças significativas na formação dos profissionais e nas práticas hegemônicas de saúde.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health,Health Policy,Health (social science)
Reference52 articles.
1. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS: passos para o pluralismo na saúde;BARROS N. F.;Cadernos de Saúde Pública,2007
2. Traditional, Complementary and Alternative Medicine: policy and public health perspectives;BODEKER G.,2007
Cited by
11 articles.
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