Affiliation:
1. Universidade de São Paulo, Brazil
2. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brazil
Abstract
Resumo O estudo objetivou analisar como o ambiente do trabalho de um grupo de trabalhadores de baixa renda configura as práticas alimentares no meio urbano. Foram realizadas dez entrevistas com trabalhadores de uma empresa de prestação de serviços de alimentação para um Restaurante Cidadão. O comer fora de casa prevaleceu e o espaço do trabalho se mostrou como o principal para a realização das refeições. Identificou-se uma desestruturação das práticas alimentares, referente ao horário para realizar a refeição, ao tipo de comida e à divisão do almoço em dois momentos. Aproximadamente uma vez por mês, alguns trabalhadores se cotizavam para comprar ingredientes e elaborar uma preparação por eles mesmos escolhida. Era através da “comida feita por eles e para eles” que se criava uma relação ou se fortalecia a relação já existente. A discussão girou em torno de como determinado espaço social, entrelaçado por forças político-econômicas, necessidades biológicas e sistemas simbólicos, contribui na estruturação das práticas alimentares de determinado grupo social. O trabalho no contexto em que está inserido mostrou uma estreita relação com a modernidade alimentar, contribuindo na modificação da relação entre os seres humanos e sua rotina alimentar.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health,Health Policy,Health (social science)
Reference39 articles.
1. Isso sim é comida de madame: um estudo sobre a relação entre práticas alimentares e mobilidade social ascendente;ABONIZIO J.;Repocs, Maranhão,2018
2. Task Force on Community Preventive Services;ANDERSON L. M.;Am J Prev Med.,2009
3. A economia das trocas simbólicas;BOURDIEU P,2009
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Cited by
1 articles.
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