Affiliation:
1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Abstract
Avaliamos a influência da gordura corporal (GC) determinada por bioimpedância, índice de massa corpórea (IMC) e a medida da cintura abdominal (CA) em determinadas variáveis clínicas e laboratoriais em 43 pacientes com diabetes tipo 2 (DM2), 26F/17M, pareados pela idade, com 13,6±9,1 anos de duração do DM. As mulheres apresentaram maior IMC: 30,3±5,4 vs. 26,9±2,9kg/m² (p= 0,04), GC: 35,4±6,2 vs. 19,6±6,2% (p= 0,000), níveis de colesterol total (CT): 235±41 vs. 204± 39mg/dL (p= 0,017), triglicerídeos (TG): 146± 61 vs. 116±57mg/dL (p= 0,06) e HbA1c (HPLC): 7,1±1,7 vs. 6,9±1,4% (p= 0,02) do que os homens, não havendo diferença entre HDL e LDL colesterol. A GC correlacionou-se significativamente com os níveis de TG, HbA1c, pressão arterial diastólica (PAD), IMC e CA. Na regressão múltipla com GC, CA e IMC como variáveis independentes e TG (r= 0,34; r²= 0,11; p= 0,02) e PAD (r= 0,39; r²= 0,15; p= 0,008) como dependentes, a GC foi a variável independente significativa. No mesmo modelo com a HBA1c como variável dependente, a GC (r= 0,31; r²= 0,10; p= 0,037) e o IMC (r= 0,43; r²= 0,19; p= 0,01) foram as variáveis significativas. Concluímos que o aumento da GC no paciente com DM2 constituiu um importante fator de risco para piora do controle metabólico e dos níveis tensionais. As mulheres, por terem tido maior percentual de GC e níveis de lipídios, devem ter uma abordagem mais agressiva e diferenciada para sua redução.
Subject
General Medicine,Endocrinology, Diabetes and Metabolism