Affiliation:
1. Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil
Abstract
RESUMO Neste artigo, parto de um aspecto das reflexões teóricas e metodológicas de Marilda Cavalcanti em seu profícuo trabalho em linguística aplicada - sua atenção ao movimento, ao reajuste de foco e à linguagem não como objeto estático, mas como caleidoscópio de recursos - para fazer um exercício semelhante sobre o conjunto de interações, diálogos, tropeços, planos, fracassos e contínuos ajustes naquilo que chamamos de pesquisa de campo. A pergunta que este artigo faz é: se concebemos linguagem não como objeto fixo, estático e circunscrito, mas como um complexo sociolinguisticamente móvel de vozes, dimensões, espaços, tempos e interações, como evitar tomar como dadas ou reificadas as práticas comunicativas que observamos em nossos campos empíricos? Faço um retorno a minha trajetória de pesquisa sobre a violência na linguagem, mostrando como o foco foi continuamente se ajustando dos processos de dominação simbólica à resistência e à esperança (sem, ao mesmo tempo, desconsiderar a dominação). Concluo que o foco na desigualdade, embora legítimo e necessário, não pode eclipsar a produção de voz e agência no chão de fábrica da escola, do coletivo, da periferia, isto é, do campo de pesquisa.
Reference64 articles.
1. The Dialogic Imagination;Bakhtin M.,1981
2. Todo dia é segunda-feira;Beltrame J. M.,2014
3. O local da cultura;Bhabha H.,1998
4. The principle of hope;Bloch E.,1986
5. Sociolinguistic Scales;Blommaert J.;Intercultural Pragmatics,2007
Cited by
1 articles.
订阅此论文施引文献
订阅此论文施引文献,注册后可以免费订阅5篇论文的施引文献,订阅后可以查看论文全部施引文献