Affiliation:
1. Fundação Oswaldo Cruz, Brazil
2. Fundação Oswaldo Cruz, Brazil; Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Brasil; Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Brazil; Fundação Oswaldo Cruz, Brazil
Abstract
Resumo: Este ensaio problematiza a abordagem dominante da comunicação dos riscos em saúde. Para isso, acessa e toma para análise conteúdos provenientes tanto de autores que se apresentam como especialistas na área de comunicação de riscos quanto de sequências de mídia audiovisual de amplo acesso. Enquanto parece se configurar uma área de mediação entre expertos e leigos, potencial geradora de inovação tecnológica e de mercadorias passíveis de serem consumidas, a comunicação de riscos em saúde ocupa um lugar biopolítico de reforço da culpabilização dos indivíduos e de propostas individualizantes de evitação dos riscos. O apagamento dos contextos em que ocorrem as exposições ao risco alimenta e é alimentado pela conjuntura neoliberal em que vivemos. Além das tentativas de mediação que são muitas vezes problemáticas, a perspectiva de gestão racional e individual dos riscos, por mais aparelhada por tecnologias inovadoras, não minimiza a precariedade contextual em que ocorre a produção dos riscos sanitários. Paradoxalmente, a crença na gestão dos riscos, presente na abordagem dominante da comunicação dos riscos em saúde, acaba por produzir moralização, ansiedade e mal-estar.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health
Reference23 articles.
1. Risk communication
2. XIX Congresso Nacional de Laticínios
3. Understanding risk communication theory: a guide for emergency managers and communicators. Report to Human Factors/Behavioral Sciences Division, Science and Technology Directorate, U.S. Department of Homeland Security;Sheppard B
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Cited by
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