Affiliation:
1. Universidade Federal do Espírito Santo, Brazil
2. Universidade de São Paulo, Brazil
Abstract
Resumo: O objetivo foi investigar os fatores associados à presença de hipotensão ortostática em 14.833 indivíduos de 35-74 anos. Estudo transversal realizado com os dados da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O teste postural foi realizado após repouso de 20 minutos na posição supina e adoção ativa da postura ortostática. A pressão arterial foi medida em supino e aos três minutos de ortostase com aparelho oscilométrico (HEM 705 CP, Omron, São Paulo, Brasil). A hipotensão ortostática foi definida por queda ≥ 20mmHg na pressão arterial sistólica e/ou queda ≥ 10mmHg na pressão arterial diastólica. As covariáveis analisadas foram sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, estado nutricional, circunferência da cintura, alteração no índice tornozelo braquial, velocidade de onda de pulso, pressão arterial sistólica e diastólica, hipertensão, diabetes, uso de anti-hipertensivos, colesterol, triglicérides, sorologia para a doença de Chagas, ocorrência de sintomas e variação de frequência cardíaca no teste postural, relato de doença cardíaca, infarto agudo do miocárdio (IAM)/revascularização e acidente vascular cerebral. A hipotensão ortostática foi significativamente associada à maior faixa etária, OR = 1,83 (IC95%: 1,14-2,95); alteração no índice tornozelo braquial, OR = 2,8 (IC95%: 1,13-6,88), IAM/revascularização, OR = 1,70 (IC95%: 1,01-2,87); relato de doença cardíaca, OR = 3,03 (IC95%: 1,71-5,36); pressão arterial sistólica aumentada, OR = 1,012 (IC95%: 1,006-1,019); sorologia positiva para a doença de Chagas, OR = 2,29 (IC95%: 1,23-4,27) e ocorrência de sintomas na mudança postural, OR = 20,81 (IC95%: 14,81-29,24). A presença de hipotensão ortostática pode ser alerta de potencial comprometimento cardiovascular, e, portanto, uma ferramenta de rastreamento e prevenção.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health