Affiliation:
1. Universidade Federal de São Paulo, Brazil; Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas, Brasil
2. Fundação Oswaldo Cruz, Brazil
3. Universidade Federal de São Paulo, Brazil
4. Prevention Research Center, U.S.A.
Abstract
Com base na análise dos dados de corte transversal provenientes do Segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas realizado em 2012, utilizando-se uma amostra probabilística estratificada por conglomerado representativa da população brasileira, este estudo apresenta as prevalências de estupro e analisa a relação deste evento com o consumo de álcool. Foram considerados 1.918 homens e 2.365 mulheres, totalizando uma amostra de 4.283 indivíduos. Nossos resultados estimam a prevalência de estupro na vida em 2,6% da população geral, sendo 1,7% entre os homens e 3,5% entre as mulheres. Para ambos os sexos, as maiores prevalências se concentraram entre indivíduos com idades entre 26 e 59 anos (3,3%), com baixa escolaridade (3,8%), solteiros, divorciados ou viúvos (3,1%). Entre os indivíduos com diagnóstico para transtorno por uso de álcool de acordo com o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), 6% relataram ser vítimas de estupro, bem como, 3,3% daqueles que disseram beber pesado episódico (binge). Análises de regressão logística e multifatorial indicaram que tanto para mulheres quanto para homens a idade (aqueles entre 26 e 59 anos), o estado civil (solteiro), o diagnóstico de transtorno por uso de álcool e o beber pesado episódico são fatores associados ao aumento da probabilidade de vitimização por estupro, enquanto maior nível de educação (mais do que 9 anos de estudos) revelou-se um fator capaz de diminuir as chances de ocorrência. A identificação da amplitude desse problema de saúde pública, bem como a avaliação da urgência na implantação de medidas preventivas e assistenciais, partem do conhecimento das prevalências e do perfil sociodemográfico das vítimas.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health
Reference28 articles.
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Cited by
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