Affiliation:
1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brazil
Abstract
Resumo: A "visão recebida" acerca das ideias de Descartes contribuiu com a sedimentação da imagem de um pensador dualista que teria separado radicalmente mente e corpo, tendo sido responsável, consequentemente, por ter fornecido os alicerces da "modernidade cindida". Não faltam epítetos, que atualmente soam de modo depreciativo, para se referir ao pensamento cartesiano: mecanicismo, determinismo, reducionismo, entre outros. Neste artigo nós desenvolvemos o argumento de acordo com o qual Descartes não foi um dualista do tipo como normalmente se supõe. Com base em uma releitura de duas das suas principais obras (Discurso do Método e Meditações Metafísicas) e de uma discussão com a nova literatura sobre o tema, sustenta-se a tese de que a superação da referida "visão recebida" pode produzir uma nova luz - nas discussões no/do campo da saúde coletiva - que pode dar relevo ao chamado paradigma ampliado da saúde (a valorização de outros aspectos que não apenas o biológico ou fisiológico, tais como o psicológico, social, econômico, cultural, político).
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health
Reference22 articles.
1. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano;Damásio A,1996
2. Repensando a expertise;Collins H,2010
3. Écrits sur la médecine;Canguilhem G,2002
4. As armadilhas da "Concepção Positiva de Saúde";Camargo Jr KR;Physis (Rio J.),2007
5. Descartes' dualism and contemporary dualism;Wee C;South J Philos,2008
Cited by
2 articles.
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