Abstract
Objetivou-se avaliar o efeito do tratamento da cana-de-açúcar com óxido de cálcio (CaO) sobre o comportamento ingestivo em caprinos. Foram utilizados oito caprinos da raça Saanen, machos castrados, com peso corporal médio de 22,6 kg e 4 meses de idade, distribuídos em dois quadrados latinos 4 × 4, com quatro períodos experimentais de 14 dias. Os animais foram mantidos em baias individuais de 1,2 m², com piso ripado de madeira, providas de comedouros e bebedouros individuais. As dietas foram formuladas para ser isoproteicas e conter 14% de proteína bruta (PB) e apresentaram 70% de cana-de-açúcar tratada com 0; 0,75; 1,5 ou 2,25% de óxido de cálcio (com base na matéria natural) corrigida com 1% de ureia e 30% de concentrado fornecidas a vontade. A cana-de-açúcar com a adição das doses de óxido de cálcio, foi triturada em desintegradora estacionária, pesada e acondicionada em baldes plásticos de 50 L, tratada com o óxido de cálcio e fornecida aos animais após 24 horas de armazenamento. Os tempos despendidos em alimentação, ruminação (min/dia, min/kg MS e min/kg FDN) e ócio (min/dia) não foram afetados pela adição de óxido de cálcio à cana-de-açúcar. A adição de óxido de cálcio à cana-de-açúcar não influenciou a eficiência em alimentação e ruminação, mas provocou redução do tempo médio despendido por período de alimentação. O comportamento ingestivo de caprinos em crescimento não é afetado pela utilização de dietas contendo cana-de-açúcar tratada com até 2,25% de óxido de cálcio.
Subject
Animal Science and Zoology
Cited by
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