Abstract
Avaliaram-se os efeitos dos níveis de lisina digestível da ração, com base no conceito de proteína ideal, no desempenho de alevinos de de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus). Utilizaram-se 432 alevinos revertidos, linhagem tailandesa, com peso inicial de 1,12 ± 0,02 g, em delineamento inteiramente ao acaso, composto de 6 dietas, 6 repetições e 12 peixes por unidade experimental. Como tratamentos, avaliaram-se uma dieta basal com 29,12% de proteína bruta e 3.000 kcal de energia digestível/kg, suplementada com aminoácidos sintéticos, resultando em dietas com 0,95; 1,10; 1,25; 1,40; 1,55 e 1,70% de lisina digestível e relações mínimas entre metionina + cistina, treonina, triptofano, isoleucina e arginina com a lisina (66, 77, 23, 64 e 85%, respectivamente), com base em valores digestíveis. Os peixes foram mantidos em aquários de 130 litros, dotados de abastecimento de água, temperatura controlada e aeração individual, e alimentados à vontade em seis refeições diárias durante 30 dias. Avaliaram-se os parâmetros de desempenho, a composição corporal, a deposição de proteína e gordura corporais e a eficiência de retenção de nitrogênio dos peixes. A elevação do teor de lisina digestível na ração não influenciou a taxa de sobrevivência e o teor de gordura corporal dos peixes, mas melhorou de forma linear todos os demais parâmetros avaliados, com exceção da eficiência de utilização de lisina e a umidade corporal, que pioraram de forma quadrática e linear, respectivamente. O nível de 1,80% de lisina total (0,600% Mcal de ED) e o de 1,70% de lisina digestível (0,567% Mcal de ED) proporcionam os melhores resultados de desempenho e características de carcaça de alevinos de tilápia-do-nilo quando se utiliza o conceito de proteína ideal na formulação das rações experimentais.
Subject
Animal Science and Zoology