Affiliation:
1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brazil
2. , Brazil
3. UNIFESP, Brazil
Abstract
Resumo: Mais da metade das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) oferecidas no SUS são estrangeiras. Importadas de outros continentes, elas foram moldadas em diferentes culturas com distintas concepções de corpo, saúde, doença e cura. No fluxo dessas terapias, a Antroposofia apresenta uma transnacionalidade que, a priori, absorvia as práticas terapêuticas europeias, adaptando-as às questões culturais e climáticas, mas também produzia e exportava terapias originalmente brasileiras para a Europa, em um movimento contrário, do Sul para o Norte Global. Promotora de uma bildung nos indivíduos, a Antroposofia busca um forjar a si mesmo como um mote terapêutico. Este artigo reflete sobre essa transnacionalidade terapêutica portadora de um projeto de bildung e se este seria decolonial, rompendo com a lógica e o prestígio europeu.
Reference55 articles.
1. Ayurveda no Brasil: trajetórias e (re)invenções;ALBA Mariana Palmieri Brandão,2015
2. A Tradição Alemã do Cultivo de si (Bildung) e sua Significação Histórica;ALVES Alexandre;Educação & Realidade,2019
3. Modernity at large - Cultural Dimensions of Globalization;APPADURAI Arjun,1996
4. Dos igarapés da Amazônia para o outro lado do atlântico: a expansão e internacionalização do Santo Daime no contexto religioso global;ASSIS Glauber Loures de;Religião e Sociedade,2014
5. E o preto-velho fala alemão: espíritos transnacionais e o campo religioso na Alemanha;BAHIA Joana;Revista del CESLA,2015