Affiliation:
1. Universidade de São Paulo, Brazil
Abstract
RESUMO O objetivo deste artigo é problematizar questões sobre a frequência no ensino básico de quatro gerações da elite paulistana dos século XX e XXI. Trata-se de análise dos dados recolhidos na pesquisa Pensamento e Práticas de Cultura da Elite Paulistana1. Com base em um questionário e entrevistas realizadas no período de 2018 a 2019, a intenção é analisar os motivos da escolha e as representações sobre as escolas. A hipótese principal apoia-se na teoria relacional dos grupos de Pierre Bourdieu, entre outras, e suas formas subjetivas e objetivas de construção de disposições de um habitus. Para desenvolver o argumento, faremos um exercício relacional entre tipos de instituições frequentadas pelos indivíduos pesquisados e seus filhos, lembrando as categorias de quadros, tempo, modalidades e disposições de cultura que se depreendem delas. Por intermédio de aspectos como a imagem dos estabelecimentos em sites institucionais, data de fundação, objetivos pedagógicos, filiações com projetos internacionais e religiosos, observamos de perto elementos de tais processos. Como resultados, sinalizamos que além de existir uma estreita correspondência entre as seleções escolares e os projetos familiares, sempre de acordo com o tempo de pertencimento às elites e os setores da economia, existiria uma tendência, desde o início do século passado, por escolas com vínculos no exterior.
Reference33 articles.
1. As escolas dos dirigentes paulistas: ensino médio, vestibular, desigualdade social;ALMEIDA Ana Maria Fonseca,2009
2. A escolarização das elites: um panorama internacional da pesquisa;ALMEIDA Ana Maria Fonseca,2003
3. A distinção: crítica social do julgamento;BOURDIEU Pierre,2007
4. Escritos de educação;BOURDIEU Pierre,1998
5. O poder simbólico;BOURDIEU Pierre,1989