Affiliation:
1. Universidade Estadual de Maringá (UEM), Brasil
2. Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Brasil
Abstract
RESUMO O texto aborda a presença de crianças Kaingang com suas famílias, na cidade de Maringá - PR, para a coleta de víveres, produção e comercialização do artesanato. Problematiza-se a redução dos territórios indígenas, o avanço urbano sob áreas tradicionais de caça, pesca e coleta e as novas estratégias indígenas para a sustentabilidade e manutenção sociocultural e linguística dos grupos, com ênfase na educação das crianças. Por meio de pesquisa documental e empírica, buscamos evidenciar que, apesar da existência de uma farta legislação internacional de proteção aos direitos indígenas, incrementada a partir dos anos de 1980, estas populações sofrem preconceito e discriminação nas cidades, locais onde buscam o sustento familiar. Em uma estratégia de resistência e (re)territorialização, as cidades têm se tornado espaços de aprendizagem de crianças indígenas Kaingang que, estando junto às suas famílias, são ensinadas a “ganhar a vida”, mantendo suas identidades e língua preservadas, apesar de toda a exclusão que vivenciam.
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