Affiliation:
1. Universidade Federal de São Carlos
Abstract
A proliferação das formas de trabalho cooperado e autogestionário, na cidade e no campo, torna relevante o debate sobre o potencial de contribuição das experiências na solução de problemas sociais. O artigo procura refletir sobre como esta lógica organizativa pode melhorar as condições de vida e a saúde dos trabalhadores rurais. Estudando o processo organizativo de um assentamento rural, procurei compreender os sentidos atribuídos pelos trabalhadores à saúde-doença e as práticas de saúde desenvolvidas. Considerando aspectos objetivos e subjetivos envolvidos na noção de condição de vida e a partir de uma perspectiva teórico-metodológica que trata o processo de produção do conhecimento como construção social, analisei e confrontei informações obtidas através de análise documental, entrevistas e observações do cotidiano de trabalho e vida no assentamento. A contraposição do modo de vida rural com o urbano é traço marcante do sentido da saúde-doença. Entre sentidos idealizados e práticas possíveis, as tentativas para solucionar os problemas e concretizar a saúde como direito social esbarravam no modo fragmentado e desarticulado com que as políticas públicas envolvidas na reforma agrária têm sido implementadas pelo Estado.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health,Health Policy
Reference20 articles.
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2. A morte ronda os canaviais;Silva MAM;Revista da ABRA,2006
3. Campeões de produtividade: dores e febres nos canaviais paulistas;Novaes JR;Estudos Avançados,2007
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5. Sobre cooperação e cooperativismo em assentamentos rurais;Scopinho RA;Revista Psicologia & Socie-dade,2007
Cited by
23 articles.
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