Affiliation:
1. USP
2. Centro Interdisciplinar de Psicologia Social, Institucional e Comunitária
Abstract
Após dez anos de uso da terapia anti-retroviral de alta potência, um novo problema surge: a síndrome lipodistrófica do HIV, uma distribuição irregular de gordura no corpo, decorrente do uso das medicações anti-retrovirais. Se no início da epidemia, a aids era caracterizada, sobretudo, pela magreza, hoje - tempos de "aids crônica"- estamos, uma vez mais, diante do estigma sobre o corpo, só que, paradoxalmente, com sinal trocado - o acúmulo "desordenado" de gordura no corpo. Este artigo apresenta e compara as mudanças corporais percebidas por pessoas que vivem com HIV e aids, ocorridas nos últimos anos da epidemia, com a utilização dos anti-retrovirais. Foram analisadas 32 entrevistas qualitativas com pessoas vivendo com HIV e aids, realizadas nos anos de 1999 e 2005. Ao nos depararmos com as novas questões emergentes e analisarmos sua interação com a crescente disponibilidade e utilização de tecnologias, fica a forte sensação de ressurgimento, sob nova forma, dos mesmos paradoxos previamente existentes nos tempos da aids aguda: o impacto dos sinais e um certo tipo de ressurgimento da desesperança quanto ao futuro de vida dessas pessoas.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health,Health Policy
Reference29 articles.
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Cited by
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