Affiliation:
1. Universidade do Vale do Rio dos Sinos
2. Universidade de São Paulo
Abstract
Trata-se de uma discussão teórica sobre o estatuto da bioética a partir de suas convergências epistemológicas com a saúde coletiva, campos científicos inter-relacionados, surgidos no contexto da segunda ruptura epistemológica, questionadora da crítica ao senso comum própria da ciência moderna. A reaproximação com o senso comum na segunda ruptura significa considerar na metodologia os determinantes do ambiente e da subjetividade. Assim, em meio a esta segunda ruptura, a saúde coletiva e a bioética incluem os determinantes sociais e subjetivos em suas análises. Caracterizam-se por uma visão ampliada e complexa da saúde e das ações humanas envolvendo o ambiente, a vida e a saúde, com enfoque transdisciplinar em suas abordagens. Qual o significado dessas premissas para o estatuto epistemológico da bioética em sua convergência com a saúde coletiva? Enquanto ética, a bioética precisa ser crítica, mas não como na primeira ruptura da filosofia moral. Necessita ser crítica a partir da facticidade dos determinantes sociais que se manifestam nas iniquidades em saúde. Para integrar crítica e facticidade, o caminho é a hermenêutica que interpreta os significados construídos no real e a partir deles torna-se crítica. Esse seria o estatuto epistemológico apropriado para a bioética na interface com a saúde coletiva.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health,Health Policy
Reference37 articles.
1. Bioethics: bridge to the future;Potter VR,1971
2. Bioética no Brasil: Tendências e perspectivas;Schramm FR,2007
3. Bioética e Saúde: novos tempos para mulheres e crianças?;Schramm FR,2005
4. Coleção Grandes Cientistas Sociais: Sociologia;Bourdieu P,1978
5. Saúde Coletiva: uma "nova saúde pública" ou campo aberto a novos paradigmas?;Paim JS;Rev Saude Publica,1998
Cited by
20 articles.
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