Affiliation:
1. Universidade Federal de São Paulo, Brasil
Abstract
RESUMO Este artigo aborda um produto das relações e demandas em escala dos atores sociais, isto é, os indivíduos e as instituições nas esferas do público, eclesiástico e laico, envolvidas no processo da implantação da Praça e Catedral da Sé na antiga área central de São Paulo, entre os anos de 1903 e 1913. Colocando em tela o fenômeno da demolição no fazer urbano, buscamos compreender como para se realizar essa intervenção na paisagem urbana, com a feitura de novas estruturas urbanas como a praça e a catedral, demandou-se um circuito de propostas, definições e um aparelhamento que pensou, primeiramente, a feitura de uma cidade em demolição. Ou seja, um processo para o desmonte de estruturas antigas e preexistentes, que teve como resultado o desalojamento de inúmeros ocupantes da área-alvo. Desse modo, enfocamos uma arquitetura coletiva dos arranjos político, simbólico e de cifras em torno da obra, analisando o seu impacto em nível de uma rede reveladora da face social do processo, através dos nomes, dos acordos e negociações, tensões e contestações ao discurso acerca da realização da obra, que não se encontram assimiladas pela historiografia. Nesse sentido, agregamos uma documentação primária inédita, base da nossa reflexão, oriunda do Departamento de Desapropriações de São Paulo.
Reference38 articles.
1. Em que se pede o consentimento do Cabido para a permuta do termo da Catedral,1913
2. Planta 137_B1 - Lei 1083,1908
3. Planta 170_B1 - Lei 1265,1909
4. Planta - Lei Nº 1305/1910. Série Legislação
5. Planta 41_C2 e 64_B1 - Lei 1409,1911