Affiliation:
1. Universidade de São Paulo, Brasil
Abstract
RESUMO É discutível em que medida as regiões não-urbanizadas do mundo antigo desenvolveram formas de organização socioeconômica e política que divergiam daquelas em contextos de cidades-estados). Este artigo aborda essa questão a partir de um foco na região do Sânio, nas montanhas da Itália central, que desde a antiguidade é considerada uma periferia do urbanismo mediterrâneo. Segundo reconstruções modernas, nos quatro últimos séculos a.C., o sistema de povoamento disperso da região teria sustentado formas de estruturação sociopolítica em linhas étnicas ou “tribais” ao invés de cívicas. Será proposto um aprofundamento dessa visão, por meio da análise de uma amostragem de assentamentos aparentemente excepcionais na região, por conta do seu tamanho maior, suas estruturas públicas de larga escala, e, sobretudo, por concentrarem uma diversidade de atividades e ocupações socioeconômicas. Serão delineadas algumas implicações desses aglomerados para a compreensão desse contexto não-urbano, em termos do perfil socioeconômico desses centros (possivelmente mais igualitário no que se refere à distribuição social de trabalhos manuais e do acesso a confortos materiais), bem como da dimensão política que esses lugares podem ter desenvolvido, funcionando ora conjuntamente, ora alternativamente a agrupamentos maiores de tipo étnico. O objetivo é contribuir com parâmetros interpretativos para o estudo de sociedades menos ou não-urbanizadas do passado remoto.
Publisher
Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da Informacao Academica (AGUIA)
Subject
Museology,Arts and Humanities (miscellaneous),History,Archeology
Reference52 articles.
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