Affiliation:
1. Universidade Federal do Paraná, Brasil
Abstract
Resumo: Mensuramos a instabilidade do poder Executivo no Brasil olhando para a taxa de rotatividade ministerial. Desenvolvemos um modelo com doze covariáveis para verificar se elas impactam na demissão dos ministros e, portanto, na instabilidade política dos diferentes governos entre 1946 e 1964. Essas variáveis se referem ao perfil dos ministros, a fatores institucionais e conjunturais, tanto políticos quanto econômicos. Os resultados obtidos através do modelo de riscos proporcionais de Cox mostraram que dois fatores foram preponderantes para explicar a configuração política desse período: o aumento do número efetivo de partidos na Câmara dos Deputados e a constante variação na quantidade de partidos representados no gabinete dada a necessidade de acomodar aliados. Variáveis políticas ligadas à consolidação do regime, como a idade de existência da democracia, ou econômicas, como o aumento do PIB e a diminuição das taxas de inflação, não foram significativas.
Reference42 articles.
1. Os ciclos do presidencialismo de coalizão;ABRANCHES Sérgio;Ecopolítica Ensaios,2014
2. Coalition Erosion and Presidential Instability in Ecuador;ACOSTA Andrés Mejía;Latin American Politics and Society,2011
3. The Politics of Coalition Formation and Survival in Multiparty Presidential Democracies: The Case of Uruguay, 1989-1999;ALTMAN David;Party Politics,2000
4. Formação de gabinetes presidenciais no Brasil: coalizão versus cooptação;AMORIM NETO Octavio;Nova Economia,1994
5. Gabinetes presidenciais, ciclos eleitorais e disciplina legislativa no Brasil;AMORIM NETO Octavio;Dados,2000