Affiliation:
1. Universidade Estácio de Sá, Brasil
2. Fundação Oswaldo Cruz, Brasil
Abstract
Resumo Introdução As discussões sobre Saúde e Território têm chamado a atenção para o necessário envolvimento da sociedade em uma agenda de mudanças e de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive para as diferentes relações estabelecidas entre equipes de saúde e população. A realidade vivenciada pelas equipes de saúde e população demonstra que possíveis problemas inerentes a certos desafios acabam por comprometer não apenas a relação entre uma e outra, mas igualmente a proposta de universalização da saúde. Objetivo Contemplar a discussão sobre Saúde e Território a partir da contribuição de Norbert Elias e John L. Scotson, autores que, a partir da perspectiva das configurações territoriais, trazem importantes aportes para os debates da Saúde Coletiva. Pretende-se discutir as questões de natureza sociológica na composição de relações de poder e de sociabilidade no interior do território, destacando-se a problemática das relações entre indivíduos em uma comunidade e visando, assim, identificar as relações de poder, dependência e exclusão existentes em um território específico. Método Foi realizada uma revisão não sistemática da literatura especializada, definida de acordo com aproximações conceituais que fossem capazes de informar o debate em torno do binômio território e saúde. Assim, pretende-se apreender e compreender a existência de grupos e subgrupos muitas vezes ignorados no conjunto das relações efetivas. Resultados Os resultados apontam para a necessidade de uma reavaliação das relações díspares na organização de uma sociedade, bem como seus efeitos na vida dos habitantes. As respostas apresentadas revelam concepções rígidas de pensamento e comportamento que diferenciam e isolam o indivíduo da sociedade. Há urgência de ferramentas para uma melhor percepção dos desafios e possibilidades de atuação dos profissionais nos territórios de saúde, principalmente no que se refere à noção de território. Conclusão São muitos os obstáculos enfrentados tanto pela gestão da Atenção Primária à Saúde, quanto pela assistência do cuidado. Não basta considerar de forma singular os aspectos do comportamento ou das ações dos indivíduos, pois é preciso reavaliar as configurações envolvidas na interdependência estabelecida entre as pessoas dentro de um território.