Abstract
Defendemos a tese de que, na atual fase de maturação do campo epidemiológico, uma reavaliação do conceito de risco é necessária. Inicialmente, discutimos os fundamentos das categorias causalidade e contingência a partir da obra de dois filósofos, Aristóteles e Pascal. Em segundo lugar, recuperando algumas reflexões anteriores sobre as bases lógicas do conceito de risco, discutimos criticamente sua adequação e eficácia explicativa frente ao objeto saúde-doença. Em terceiro lugar, apresentamos brevemente categorias e conceitos fundantes do paradigma da complexidade, capazes de dar conta dos fenômenos da emergência, não-linearidade e borrosidade relacionados aos novos objetos complexos e mutantes da saúde. Concluímos com alguns comentários e reflexões ainda preliminares sobre fundamentos, perspectivas e conseqüências da aplicação da modalidade "contingência" como alternativa à noção de determinação no campo da saúde, a fim de visualizar o futuro do conceito de risco para além da área temática (científica e tecnológica) da Epidemiologia contemporânea.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health,Health Policy,Health (social science)
Reference79 articles.
1. A ciência da saúde;ALMEIDA-FILHO N.,2000
2. A clínica e a epidemiologia;ALMEIDA-FILHO N.,1992
3. A saúde e o paradigma da complexidade;ALMEIDA-FILHO N.;Cadernos IHU,2006
4. Population dynamics of infectious disease: theory and application;ANDERSON R.,1982
Cited by
21 articles.
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