Affiliation:
1. Universidade Federal do Maranhão, Brazil
2. Universidade Estadual de Campinas, Brazil
3. Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, Brazil
4. Universidade Federal de Santa Catarina, Brazil
5. Universidade Federal de Uberlândia, Brazil
Abstract
Resumo Objetivos: avaliar a associação entre o tempo para iniciar o primeiro contato pele a pele (CPP) e o tempo diário praticado com a taxa de sepse tardia em recém-nascidos ≤1.800g. Métodos: coorte multicêntrica realizada em unidades neonatais de três regiões geográficas brasileiras. O CPP foi registrado em ficha individual pela equipe e pais do recém-nascido. Dados maternos e neonatais foram obtidos por questionários aplicados às mães e em prontuários médicos. A análise dos dados foi realizada por algoritmo da árvore de classificação, que dividiu o conjunto de dados em subconjuntos mutuamente exclusivos que melhor descreveram a variável resposta. Resultados: 405 recém-nascidos participaram do estudo, com média de 31,3±2,7 semanas de idade gestacional e mediana de peso ao nascer 1.412g (IQ=1.164-1.605g). Realizar o primeiro CPP com até 137h de vida (≤5,7 dias) foi associado a menor taxa de sepse tardia (p=0,02) para recém-nascidos que fizeram CPP diário de 112,5 a 174,7 min/dia (1,9 a 2,9h/dia), com redução na taxa de sepse (39,3% para 27,5%). Além disso, a duração do CPP>174,7min/dia (>2,9h/dia) foi relevante (p<0,001) para os recém-nascidos >1.344g, com redução nesse desfecho (21,1% para 6%). Conclusões: o CPP mostrou-se importante para redução das taxas de sepse tardia em recém-nascidos pré-termo, especialmente quando realizado de forma oportuna (≤5,7 dias) e prolongada (>2,9h/dia).