Affiliation:
1. Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brazil
2. Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brazil; Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Brazil
3. Instituto Médico Legal de São Paulo, Brasil
4. Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Brazil
Abstract
RESUMO Objetivo: Avaliar a utilidade da autópsia no diagnóstico de lesões despercebidas (LD) e no estabelecimento de metas para programa de qualidade em trauma. Método: análise retrospectiva dos laudos de autópsia por trauma entre outubro/2017 e março/2019 provenientes do mesmo hospital. Lesões descritas na autópsia, mas não no prontuário médico, foram consideradas como despercebidas (LD) e classificadas pelos critérios de Goldman: Classe I: mudariam a conduta e alterariam o desfecho; Classe II: mudariam a conduta, mas não o desfecho; Classe III: não mudariam nem a conduta nem o desfecho. As variáveis coletadas foram comparadas entre o grupo com LD e os demais, através de método estatístico orientado por profissional na área. Consideramos p<0,05 como significativo. Resultados: analisamos 192 casos, com média etária de 56,8 anos. O trauma fechado foi o mecanismo em 181 casos, sendo 28,6% por quedas da própria altura. LD foram observadas em 39 casos (20,3%), sendo 3 (1,6%) classe I e 11 (5,6%) classe II. O tórax foi o segmento com maior número de LD (25 casos - 64,1% das LD). Foram associados à presença de LD (p<0,05): tempo de internação menor que 48 horas, mecanismo de trauma grave e a não realização de procedimento cirúrgico ou tomografia. Nos óbitos até 48h, valores de ISS e NISS nas autópsias foram maiores que os da internação. Conclusão: a revisão das autópsias permitiu identificação de LD, na sua maioria sem influência sobre conduta e prognóstico. Mesmo assim, várias oportunidades foram criadas para o programa de qualidade.
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