Affiliation:
1. Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Brasil; Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brazil
2. Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brazil
Abstract
RESUMO Objetivo: analisar a correlação do mecanismo de trauma com a frequência e a gravidade das lesões. Métodos: análise retrospectiva das informações do registro de trauma em período de 15 meses. O mecanismo de trauma foi classificado em seis tipos: ocupantes de veículo de quadro rodas envolvidos em acidente de tráfego (AUTO), pedestres vítimas de atropelamento (ATRO), motociclistas vítimas de acidentes de tráfego (MOTO), vítimas de quedas de altura (QUED), vítimas de agressão física com instrumentos contundentes (AGRE) e vítimas de queda do mesmo nível (QMN). Resultados: o mecanismo de trauma foi classificado em 3639 casos, sendo 337 (9,3%) AUTO, 855 (23,5%) ATRO, 924 (25,4%) MOTO, 455 (12,5%) QUED, 424 (11,7%) AGRE e 644 (17,7%) QMN. Houve diferença significativa na comparação entre os grupos das médias dos índices do Revised Trauma Score (RTS), do Injury Severity Score (ISS) e da Abbreviated Injury Scale (AIS) do segmento cefálico, torácico, abdominal e extremidades (p<0,05). Lesões graves em segmento cefálico foram mais frequentes nas vítimas de ATRO, seguidos de AGRE e QUED (p<0,001). Lesões graves em tórax foram mais frequentes em AUTO, seguidos de QUED e ATRO (p<0,001). As lesões abdominais foram menos frequentes nas vítimas de QMN (p=0,004). Lesões graves em extremidades foram mais frequentes em ATRO, seguidos de MOTO e QUED (p<0,001). Conclusão: com a análise do mecanismo de trauma é possível prever a frequência e a gravidade das lesões em vítimas de trauma fechado.