Affiliation:
1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
2. UERJ, Brasil
Abstract
Publicado pela primeira vez no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) III, o transtorno bipolar trouxe uma nova maneira de entender e vivenciar as oscilações emocionais, fortemente imbuída dos referenciais da psicofarmacologia, neurociências e novas conceituações sobre as variações afetivas. Com o objetivo de investigar os sentidos, as sociabilidades e os modos de ser constituídos a partir desse diagnóstico, foi feita uma etnografia no grupo brasileiro do Facebook mais numeroso sobre a bipolaridade, que identificou o seguinte: a rede facilita a produção de uma expertise experiencial; a ideia de que “apenas quem sofre entende” fortalece a identificação mútua; em contraposição à antiga psicose maníaco-depressiva, o transtorno bipolar adquire certa positividade, tornando-se fonte de humor; a química medicamentosa é o principal recurso usado para gerir a vida afetiva, tornando os pacientes parcialmente independentes do médico ao manejarem esses recursos entre si; e o transtorno bipolar é dissociado do Eu.
Subject
Communication,Education,Health(social science)
Reference27 articles.
1. Diagnostic and statistical manual of mental disorders,1980
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3. Cidadãos biológicos;Rose N,2013
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Cited by
1 articles.
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