Affiliation:
1. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil
2. Universidade de São Paulo, Brasil
Abstract
A partir de ações do poder público durante o enfrentamento da pandemia de Covid-19 no que tange aos direitos sexuais e reprodutivos, busca-se refletir sobre o descaso do Estado brasileiro em relação à saúde das mulheres, sobretudo as usuárias do Sistema Único de Saúde, descumprindo princípios assegurados constitucionalmente. A pandemia vem atingindo sobremaneira no país populações historicamente excluídas por diversos eixos de opressão e subalternização social. Sublinha-se o arrefecimento da assistência em saúde sexual e reprodutiva, que pode redundar em gravidezes imprevistas, abortos inseguros e mortes maternas, agravando condições sociais de vida de um grande contingente populacional. Argumenta-se que aportes teóricos oriundos dos estudos do feminismo negro, nomeadamente interseccionalidade e justiça reprodutiva, ao articularem os marcadores sociais da diferença ao princípio de justiça social, auxiliam-nos na compreensão dessas desigualdades sociais e na resistência coletiva ao desmonte das políticas de saúde.
Subject
General Medicine,Communication,Education,Health (social science)
Reference50 articles.
1. Verbete Gabinete de crise do Alemão [Internet],2020
2. Agência Pública [Internet];Silva JC.,2020
3. Abortion in the context of Covid-19: a human rights imperative;Todd-Gher J;Sex Reprod Health Matters,2020
4. Covid-19: what implications for sexual and reproductive health and rights globally?;Hussein J.;Sex Reprod Health Matters,2020
5. COVID-19: the gendered impacts of the outbreak;Wenham C;Lancet,2020
Cited by
6 articles.
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