Author:
Hirata Eunice Sizue,Mesquita Maria Aparecida,Camargo Edwaldo Eduardo,Terra Cecília Hirata,Alves-Filho Gentil
Abstract
RACIONAL: Queixas dispépticas são comuns em pacientes com insuficiência renal crônica. As mais frequentemente relatadas são anorexia, náusea, vômito, sensação de plenitude gástrica e dor epigástrica. A possibilidade destes sinais e sintomas estarem associadas ao retardo no esvaziamento gástrico é atraente. OBJETIVO: Estudar o esvaziamento gástrico de uma refeição sólida padronizada, em pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento dialítico. MÉTODO: Foram estudados 31 pessoas de ambos os sexos com idade variável de 18 à 60 anos, sendo 14 com insuficiência renal crônica em hemodiálise há mais de 6 meses e 17 sadios. Foram excluídos pacientes com diabetes mellitus, amiloidose, doenças do colágeno, doenças dispépticas e/ou submetidos à operação gástrica, pacientes em uso de drogas pró-cinéticas gástricas e grávidas. O método do esvaziamento gástrico foi a cintilografia, através de câmara de cintilação de dois cabeçotes. A refeição teste padronizada consistiu de omelete de três ovos de galinha preparado com mistura de enxofre coloidal marcado com 185 MBq de tecnécio-99m. Foram estudados a curva de retenção gástrica total e o T½ do esvaziamento gástrico. Os testes estatísticos utilizados foram o de c2 e o de Kruskal Wallis. RESULTADOS: Os resultados confirmaram a homogeneidade dos grupos quanto à idade e o sexo. Não houve diferença estatisticamente significativa em relação às curvas de retenção gástrica total e o T½, semelhantes nos dois grupos. CONCLUSÃO: O esvaziamento gástrico de pacientes urêmicos em tratamento hemodialítico há mais de seis meses é igual ao de indivíduos sadios.