Affiliation:
1. Universidade Estadual de Campinas
Abstract
O Brasil vem implantando o Programa de Saúde da Família, em sua atenção básica à saúde. A composição das equipes do programa tem sido questionada como insuficiente, sendo uma das críticas a ausência do pediatra. Este trabalho analisou parte da experiência do município de Campinas (SP), que implantou o programa com adaptações, entre as quais a existência de pediatra em suas 140 equipes. Utilizando metodologia qualitativa e entrevistas semi-estruturadas, foram entrevistados pediatras e médicos de família de dez equipes, indicadas pelos gestores como as de melhores resultados. O objetivo foi conhecer a visão dos mesmos sobre a atenção à saúde da criança por eles praticada, o papel de cada um e a existência do pediatra no programa. Há uma quase unanimidade de defesa da importância do pediatra na atenção básica por aumentar a resolubilidade da equipe. Porém, são apontadas críticas à sua atuação, muito focada no referencial biomédico e no consultório médico, havendo necessidade de maior envolvimento com o trabalho em equipe, os aspectos psicossociais, a família e o território. É essencial uma melhor capacitação do médico de família e do pediatra frente à complexidade da missão da atenção básica atual.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health,Health Policy
Cited by
4 articles.
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