Affiliation:
1. Prefeitura Municipal de Poços de Caldas
2. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil
3. Fundação Santa Casa de Misericórdia de Franca, Brasil; Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Brasil
Abstract
O coma é a redução persistente do nível de consciência, arresponsivo a estímulos, devido à baixa atividade cerebral. Para verificar o nível de consciência, um recurso frequentemente utilizado é a Escala de Coma de Glasgow. Outro método que se destaca é o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico, o qual avalia a atividade elétrica das vias auditivas ascendentes, desde o trajeto periférico até o mesencéfalo. O exame é simples, imune a medicamentos depressores e ambientes eletricamente carregados, sendo o mais adequado dos potenciais para a monitoração dos estados de coma. O presente estudo teve por objetivo verificar as características do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico no estado de coma leve (Glasgow 7 - 8) e suas respectivas contribuições. Foi realizado um estudo prospectivo transversal em dois pacientes em coma (Glasgow 7), estado secundário a traumatismo cranioencefálico. Os resultados do exame evidenciaram presença de atividade elétrica em toda extensão da via estudada, em ambos os casos, com indicações de diferentes alterações, quanto à redução na latência entre os intervalos, morfologia e replicação das ondas. Tais diferenças foram contempladas com a evolução de cada caso: caso 1 evoluiu a alta hospitalar e caso 2 evoluiu a óbito. Os resultados confirmaram os achados da literatura, que descreve que a presença do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico normal está associada à boa evolução do caso clínico, enquanto alterações no exame podem sinalizar para um mau prognóstico.
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